segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Morre o escritor italiano Umberto Eco

A morte do escritor italiano Umberto Eco nesta sexta-feira (19) levou autores, jornalistas e outras personalidades a prestarem homenagens nas redes sociais.

Autor de "Gomorra", livro reportagem sobre a máfia italiana, o jornalista Roberto Saviano citou a frase em latim que encerra o livro "O Nome da Rosa", um dos mais conhecidos de Eco. "Nada nos resta além dos nomes. Adeus professor", escreveu Saviano no Twitter.

Um dos semiólogos e intelectuais europeus mais importantes deste século, Eco também escreveu obras como "O Pêndulo de Foucault" (1988) e "O Cemitério de Praga" (2010), além de ensaios "O Problema Estético" (1956), "O Sinal" (1973), "Tratado Geral de Semiótica" (1975) e "Apocalípticos e Integrados" (1964), referência nos cursos de comunicação em todo o mundo.

Crítico do papel das novas tecnologias no processo de disseminação de informação, Eco disse, em julho do ano passado, que as redes sociais dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade". "Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel", disse o intelectual durante um evento em que recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália. 
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