“E existir é, também, poder permitir ao outro a
liberdade de existência.”(Souza e Gallo, 2002)
Desta forma, resta assegurar a permanência de todos na escola, e, para que isso aconteça, o Estado necessita capacitar os membros das equipes escolares para atuarem junto a esta clientela diferenciada.
A formação inicial dos professores não os capacita para trabalhar com os alunos que freqüentam as escolas, principalmente as públicas, de nossos tempos, até por que as particulares se dão o direito de aceitar ou não essas crianças e adolescentes.
Isto me faz lembrar a parábola de Foucault, Por que matamos o barbeiro? onde o filósofo faz uma alegoria da morte de um barbeiro que era diferente de seus conterrâneos e, de repente, certo dia, é encontrado morto sem explicação.
O que presenciamos hoje nas escolas, é a exclusão, a morte, a eliminação dos diferentes, sejam aqueles que expõem seus sentimentos, por meio da violência e da revolta, ou os que os encobrem debaixo da timidez e do medo. Aqueles, por sinal, são eliminados primeiro, pois são mais visíveis e incomodam mais que os que se calam, mas que também igualmente sofrem, morrendo dentro de seu casulo depressivo.
Começando pelos gestores, envolvendo comunidade, funcionários e professores, todos precisam urgentemente ser conscientizados do sofrimento dessas crianças e adolescentes diferentes, mas que têm os mesmos direitos à educação e à aprendizagem de qualidade garantidas pela Constituição, e, além disso, direito a serem respeitados em suas diferenças, pois elas também possuem potencial a ser aproveitado.
acessada em 26/04/2011.
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