O enredo do filme Noé foi traçado com base em fatos
bíblicos. Tornou-se uma superprodução cinematográfica interessante (2014), porém,
considero importante estabelecer uma comparação entre os dois, para que não
haja equívoco.
Alguns pontos merecem destaque: os “anjos de luz”, na Bíblia
considerados anjos rebeldes lançados do céu, são apresentados no filme como
criaturas boas, que ajudam Noé a construir a arca e, como recompensa, voltam
para o céu.
Um
dos pontos polêmicos entre o fato bíblico e a narrativa cinematográfica é sobre
a propagação da raça humana novamente, depois do dilúvio. A Bíblia relata que os filhos de Noé entraram
na arca com suas mulheres, enquanto que no filme, apenas Sem, filho mais velho
de Noé, possui mulher, uma garota encontrada à beira da morte e acolhida pela família
de Noé, a qual dá à luz a duas meninas, dentro da arca.
No filme, aparece a figura de Matusalém, que é uma
personagem bíblica agradável aos olhos de Deus, mas não tem poder para fazer
milagres, como curar a menina encontrada por Noé, devolvendo-lhe a fertilidade.
O ponto alto do filme é quando a jovem mulher, esposa de
Sem, dá à luz duas meninas e Noé resolve matá-las, uma vez que entende que a
raça humana não pode voltar a existir, o que implicaria pecado diante de Deus.
Por
fim, vencido pela compaixão, deixa as crianças viverem. A mensagem final de
propagação da espécie humana aparece na fala de Ila, que vê a mesma como a vontade
de Deus.
Resenha crítica elaborada por T.N.S.
Resenha crítica elaborada por T.N.S.
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