A METÁFORA DOS SONHOS EM DOM QUIXOTE DE LA MANCHA

Conheço o clássico Dom Quixote de la Mancha há muitos anos, mas ainda não havia parado para refletir na profundidade das lições que podemos tirar ao ler esta história aparentemente juvenil. O herói representa cada um dos seres humanos que todos os dias renovam sua vontade de viver alimentando seus sonhos com esperança e fé. Dom Quixote não foi compreendido pela sua família e seus vizinhos, porém, mesmo assim, sendo considerado louco, partiu em busca da realização de seus ideais. É certo que exagerou na idealização deles, e depois de muitas decepções foi pairando no chão, após muito voar. Já seu amigo Sancho Pança era a voz de sua consciência, chamando-o para a realidade dos fatos. No entanto, acredito que também fora se envolvendo com a atitude sonhadora de seu amigo, pois no final da obra ele próprio tenta convencer Quixote que há muitos moinhos a serem vencidos ainda. Os dois nos revelam a importância do equilíbrio: nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Os sonhos são nossa motivação de viver, porém a razão nos ajuda a não sofrermos tantas decepções, pois nem tudo que desejamos é possível se realizar. Pensemos nisso!

Texto de autoria de Tamar N. Shumiski.